25 de abr. de 2011
Só um Sol
Nublado... horas amargas
Ao relento, vento urra
Dor lancinante, dilacera minh’alma
Inverno rouco, noite nua
Galhos e folhas, negrume
Poeira, um pássaro voa
Arrasta, sofre, chia
Alto, feio, ecoa, ecoa
Imensidão voraz
Não, não é espaço
Nunca morre, sofre
Tormenta, jogado
Ao norte, morros, valados
Mira, destino, será?
Manca, lágrimas, solidão
Só um sol, só um sol há
Na umidade, mão
Socorro! Consolo
Oásis, ilusão?
Junto, tesouro
Talvez luz, talvez cruz
Chuva, limpa, lava
Após ardor, quente
Renova, inova, ama.
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Adoro o uso abusado da sinestesia, dessa mistura de sentidos, das palavras curtas, dos múltiplos sentidos que podemos abstrair ao ler esses versos livres.
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